FUNCAFÉ
09 de outubro de
2020 | Governo do Estado de Rondônia
A separação dos grãos de café defeituosos e realizar a secagem em
terreiros suspensos ou estufas, têm sido as principais práticas implementadas
nos últimos anos em Rondônia
Com o intuito de fortalecer e valorizar a produção dos produtores de
café, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura
(Seagri), estabeleceu em parceria com a Entidade Autárquica de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater), Agência de Defesa Sanitária
Agrosilvopastoril (Idaron), Ministério da Agricultura (Mapa) e Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) a criação do Programa Rondoniense de
Comercialização e Incentivo a Melhoria da Qualidade do Café, que financiará com
recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), a estocagem de
cafés de produtores do Estado de Rondônia. A primeira reunião do grupo foi
realizada na segunda-feira (5), na sala de reunião da Seagri.
A cafeicultura no Estado de Rondônia tem avançado significadamente nos
últimos anos em sustentabilidade e qualidade, isso se deve principalmente a
adoção de boas práticas de manejo durante as fases de colheita e pós- colheita
pelos cafeicultores. Colher o fruto maduro, fazer a separação dos grãos
defeituosos e realizar a secagem em terreiros suspensos ou estufas, têm sido as
principais práticas implementadas nos últimos anos no Estado.
Conforme disse o secretário da Seagri, Evandro Padovani, a taxa de
administração do programa será custeada pelo Fundo Estadual de Desenvolvimento
e Fortalecimento da Agricultura Familiar (Fedaf), ou seja, o programa oferecerá
juro zero aos cafeicultores. “Essa é uma determinação do governador, coronel
Marcos Rocha e do vice-governador, José Jodan, que visa disponibilizar linhas
de créditos diferenciadas a custo zero para que o produtor que trabalha com a
produção de café possa ter a oportunidade de esperar o melhor momento para
vender o seu café, com um preço diferenciado, agregando ao preço de mercado, de
qualidade. Em breve o Governo vai lançar este programa para os cafeicultores,
para atendê-los já na próxima safra, até o final de março de 2021 deve estar
operando”, explicou.
A primeira reunião do grupo foi realizada na segunda-feira (5), na sala de reunião da Seagri |
O Programa visa a utilização de recursos do Funcafé para incentivar a
melhoria da qualidade do café de Rondônia, e que dê condição ao produtor rural
de depositar seu café em um armazém credenciado para que possa esperar o melhor
momento para efetuar a comercialização.
De acordo com o superintendente do Mapa em Rondônia, Valterlins Calaça,
o programa vai valorizar os cafés de qualidade produzidos no estado, além de
possibilitar o alcance do mercado nacional e internacional. “O programa vai dar
garantia para o produtor de que ele vai poder armazenar e vender seu produto em
um melhor momento, e não fazer a venda antecipada. Para que este projeto siga
em frente, o Mapa vai certificar os armazéns que estiverem aptos a receber e
armazenar os grãos de café, para ser comercializado no futuro”, explicou.
Segundo Anderson Gomes, superintendente da Conab em Rondônia, a Conab
será responsável pelo credenciamento dos armazéns. “Para ser credenciado
precisa ter uma certificação do Mapa e toda a documentação necessária deve
estar regulada. Com isso, o produtor terá a garantia de receber um adiantamento
do produto armazenado e depois, em um momento oportuno, quando entra no período
da entressafra, ele poderá vender o café por um preço melhor. Quando a oferta
do produto está baixa, a tendência é que a procura e o preço seja maior do que
na época da safra”, destacou.
Para o presidente da Emater, o programa será uma forma de estimular os
cafeicultores a produzir café de qualidade. “O Concafé, o maior evento de café
robusta do Brasil, realizado no Estado, visa a produção de qualidade e
sustentabilidade e baseado nisso, o governador Marcos Rocha, e o
vice-governador José Jodan buscou junto ao Funcafé, recursos para que a gente
estimule os produtores a produzir café de qualidade. Além da orientação, também
teremos um grupo que fará junto a Idaron a auditoria desses cafés, certificando
que o café tenha realmente qualidade para que o produtor possa junto ao agente
financeiro pegar esse recurso do preço mínimo”, disse.
A fiscal estadual da Idaron, Raquel Barbosa, frisou que a Idaron tem uma
participação específica em relação a indicação dos cafés que serão armazenados,
pois precisam ter critérios de qualidade física, que será feito por uma equipe
da Agência Agrossilvopastoril. “As amostras serão separadas, e o classificador
dará os pontos em relação aos defeitos, umidade, peneira e depois será
avaliado. Os produtores entregam as amostras, a Idaron classifica e emite o
laudo de garantia de qualidade do café. Essa garantia é que vai estabelecer o
valor do café a ser comercializado”, relatou.
O engenheiro agrônomo da Seagri, Janderson Dalazen que é Q Robusta
Grader, destacou que o intuito é atender o maior número de cafeicultores que
produzem café de qualidade. O requisito mínimo é que o café seja do tipo 6 para
melhor, seguindo a Classificação Oficial Brasileira – COB. “Para chegarem a
esse tipo de café os cafeicultores serão estimulados a colherem seus cafés
maduros e melhorarem as práticas de pós colheitas, isso por si só já será um
grande benefício para a cafeicultura de rondoniense, pois quanto mais maduro e
melhor a práticas de colheita e pós colheita, melhor o rendimento e a qualidade
do café”, enfatizou.
Fonte
Texto: Sara Cicera
Fotos: Weyne Sharp e Edcarlos Carvalho
Secom - Governo de Rondônia