A educação Ambiental proposta nesta pesquisa pretende contextualizar historicamente a cultura do uso de fogo nesta região, bem como quais são as atividades que o empregam, quem são seus utilizadores e sua relação com o desmatamento; busca entender os motivos da utilização do fogo e em que períodos do ano isso mais ocorre e as atividades econômicas relacionadas e o mais importante: determinar o nível de conhecimento de produtores em relação à legislação e o uso dos recursos naturais e o emprego do fogo em suas atividades.
A tendência histórica se mantém em queda, em especial a partir de 2005. Desde 2015 o numero de focos de calor tem se comportado muito próximo à linha histórica. Em Rondônia, a relação entre desmatamento e queimada se torna clara ao ser analisado o mapa de densidade do n° de focos de calor do estado em 2019.
O mapa de densidade comprova a correlação desmatamento x focos de calor, uma uma vez que 68% dos focos de calor do estado concentram-se em apenas seis municípios (Porto Velho, Nova Mamoré, Candeias do Jamari, Machadinho D’oeste, Cujubim e Buritis); não por acaso, estes mesmos municípios são responsáveis por 65% do incremento anual de desmatamento.
Apenas dentro de sete Unidades de Conservação e Terras Indígenas localizadas no entorno das áreas com maior densidade de focos de calor, o desmatamento foi de 156 km2 (Resex Jaci Paraná, Resex Rio Preto Jacundá, Parque Estadual Guajará Mirim, TI Karipunas, Uru-eu-wau-wau, Igarapé de Lourdes e Igarapé Laje) Esta concentração do n° de focos de calor é o norteador para definição das estratégias adotadas como mecanismos de resposta deste POTIF – 2020.
De posse das informações angariadas pelo estudo, a Sedam visa propor um modelo, diretriz ou ações de educação ambiental que exerça influência na mudança comportamental em relação a atividades sustentáveis.
A elaboração de um projeto de educação ambiental com base neste entendimento pode adequar ou colaborar para uma mudança comportamental a longo prazo por meio do uso de modelos de produção sustentáveis.